Desde o final de julho, os rodoviários de Juiz de Fora estão em campanha pelo reajuste salarial da categoria. Logo no começo das negociações, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sinttro) realizou uma paralisação dos ônibus na cidade. No entanto, após esse movimento, nenhuma outra interrupção na prestação do serviço foi registrada na cidade.
Passados um mês, o acordo não chegou. Foram 7 reuniões mediadas pelo Ministério do Trabalho envolvendo Sinttro, Consórcio Via JF e Prefeitura de Juiz de Fora. Um novo encontro aconteceu nesta quinta (11/09), e um acordo não foi acertado.
Haverá nova paralisação de ônibus em Juiz de Fora?
O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Juiz de Fora confirmou, nesta terça-feira (9), que os motoristas e cobradores de ônibus da cidade vão entrar em greve a partir da 0h da próxima terça-feira, dia 16 de setembro.
A decisão foi tomada após assembleias realizadas ao longo do dia e ocorre em razão da falta de acordo entre a categoria e as empresas de transporte sobre o reajuste salarial.
Negociação desta segunda (02/09) termina sem acordo
Na sétima rodada de negociações, ocorrida nesta segunda (08/09), os números se aproximaram, mas não se chegou a um acordo. O Ministério do Trabalho interviu, oferecendo reajuste salarial de 5,68% retroativo a julho. A partir de janeiro, o salário teria um acréscimo de 0,5%. O ticket saltaria de R$ 477 para R$ 510 e haveria ticket extra para os motoristas que trabalham sem cobrador no valor de R$ 400. Todos os aumentos dão em torno de 7%, próximo dos 7,5% que querem os Rodoviários.
No entanto, em assembleia realizada nesta quinta (11/09), os rodoviários resolveram não aceitar a proposta e deflagrar a greve.
Mesmo com a greve, há uma possibilidade de reunião para a próxima segunda (15), onde pode se chegar a um acordo e evitar a greve.
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Evolução da negociação do reajuste salarial os rodoviários
No final de julho, quando as negociações começaram, os rodoviários queriam 12% de reajuste salarial. 6% de reajuste pela inflação e 6% de ganho real. O Consórcio Via JF ofereceu 2,5%.
Na segunda rodada, o Consórcio subiu o reajuste para 4,7%. Na terceira rodada, a empresa ofereceu 5%. Em ambas, o Sinttro rejeitou a proposta.
Na quarta rodada, o Ministério do Trabalho propôs reajuste de 5,18% sobre salários e ticket, intervalo intrajornada de 2h30, ticket extra de R$ 400,00 e manutenção da data-base da categoria. A proposta foi rejeitada.
Na quinta rodada, o Consórcio Via JF subiu a proposta para reajuste de 5,6% até janeiro de 2026. A partir de janeiro, o reajuste chegaria a 6%. Outros benefícios também foram discutidos. No entanto, não houve acordo com o Sindicato.
Na sexta rodada, o Consórcio Via JF subiu o reajuste para 6,18%, mas reduzindo o ticket extra de R$ 400,00 para R$ 350,00. O Sinttro também diminuiu a pedida, 7,5% de reajuste e manutenção do ticket extra em R$ 400,00.
Na sétima rodada, o Ministério do Trabalho resolveu propor uma solução para as partes, oferecendo reajuste salarial de 5,68% retroativo a julho. A partir de janeiro, o salário teria um acréscimo de 0,5%. O ticket saltaria de R$ 477 para R$ 510 e haveria ticket extra para os motoristas que trabalham sem cobrador no valor de R$ 400. Todos os aumentos dão em torno de 7%, próximo dos 7,5% que querem os Rodoviários.
