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Parlamentares denunciam que presídios de Juiz de Fora estão com más condições de higiene, alimentação e superlotação

Superlotação, más condições de higiene e problemas na alimentação nos presídios de Juiz de Fora foram denunciados nesta sexta-feira (05/09) à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A vereadora Cida Oliveira (PT) relatou que, em visita à Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, encontrou marmitas transportadas sem conservação adequada e celas com até nove presos em espaço para quatro.
Segundo a parlamentar, a situação é “insalubre para qualquer ser humano”. Ela destacou ainda casos de lentidão processual, falta de remédios e escassez de médicos. Na Penitenciária José Edson Cavalieri, foram confirmados 13 casos de tuberculose, agravados por celas com mofo, fiação exposta e racionamento de água.

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Presídios de Juiz de Fora também convivem com superlotação
O presidente do Conselho da Comunidade, Manoel Paixão, alertou que o Ceresp, projetado para 523 detentos, abriga mais de mil. Ele também demonstrou preocupação com mortes registradas nas unidades — três só em 2025. Segundo ele, há risco de repetição do cenário de 2023, quando 13 óbitos foram registrados.
Outro ponto destacado foi o déficit de servidores. Hoje, são apenas três carcereiros para cada mil presos. O deputado estadual Betão (PT) lembrou que recomendações já aprovadas pela comissão, como concurso público e melhorias na saúde prisional, ainda não foram atendidas. A ALMG promete novas discussões sobre o tema.

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