MP denuncia ex-direção da LIESJUF por desvio de mais de R$ 400 mil
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou quatro integrantes da antiga direção da Liga das Escolas de Samba de Juiz de Fora (LIESJUF) pelos crimes de falsidade ideológica e peculato. A suspeita é de que mais de R$ 439 mil destinados ao carnaval dos anos de 2023 e 2024 tenham sido desviados.
Foram denunciados: Diomário de Deus, ex-presidente da Liga; Mariza Ângela, ex-tesoureira; Izabel Cristina Costa Araújo Baccara, contadora contratada pela instituição; e Janaina Fernandes Fraga, sobrinha de Diomário e prestadora de serviços para a entidade.
Denúncia Liga das Escolas de SambaBaixar
Irregularidades na LIESJUF em 2023
De acordo com a promotora Daniele Vignoli, no carnaval de 2023 de Juiz de Fora, parte da diretoria apresentou documentos falsos na prestação de contas. Segundo ela, “concorreram para o desvio/apropriação dos recursos públicos para si ou para outrem”.
As investigações apontam que gastos inexistentes foram declarados, o que teria permitido o desvio de R$ 439 mil do orçamento destinado ao evento.
Fraudes em 2024
O Ministério Público afirma que, em 2024, as irregularidades continuaram. Dessa vez, além da apresentação de documentos falsos, houve superfaturamento de contratos.
Um dos exemplos citados na denúncia é o da sobrinha de Diomário, Janaina Fernandes Fraga, contratada pela Liga por R$ 25 mil para serviços de produção, design e fotografia do concurso Rei e Rainha do Carnaval. No ano anterior, para a mesma função, ela havia emitido uma nota fiscal de R$ 7 mil.
Em depoimento ao MP, Janaina afirmou que recebeu apenas R$ 3 mil pelo trabalho realizado em 2023.
Defesa dos citados
Em nota, Diomário de Deus informou que vem colaborando com o processo.
“Todos os esclarecimentos que o MP tem solicitado estão sendo encaminhados nos prazos e conforme solicitado. É prematuro por parte de qualquer um definir e imputar crimes, mesmo porque as partes mencionadas ainda nem foram ouvidas”, disse.
Já Izabel Cristina afirmou que iria se inteirar do caso antes de se pronunciar, mas não retornou até a publicação desta reportagem. Janaina e Mariza preferiram não comentar.
O espaço segue aberto para manifestações dos envolvidos.