PC atualiza investigação sobre suspeita de agressão a criança em creche de Juiz de Fora
A Polícia Civil atualizou, nesta semana, a investigação sobre a denúncia de agressão a criança de 2 anos dentro da creche municipal Virgínia Fávero, no Bairro Bandeirantes, em Juiz de Fora. O caso ganhou repercussão após a mãe relatar que o filho apresentava marcas nas costas após frequentar a unidade.
O delegado responsável pelo inquérito, Rodrigo Rolli, explicou que foram ouvidas oito pessoas, incluindo quatro funcionários da creche, dois motoristas da van responsável pelo transporte e os pais da criança. Segundo ele, até o momento não foi possível comprovar que as lesões tenham ocorrido dentro da instituição ou durante o transporte.
“Não ficou constatado nesse momento até agora se houve as lesões e se essas lesões aconteceram dentro da creche. Nós investigamos justamente para ver se foram praticadas, possivelmente dentro da creche ou até mesmo no transporte, onde ficou categórico até então que na creche são seis pessoas que tomam conta daquelas crianças em uma sala conjunta, aonde a gente acha difícil haver lesões praticadas por alguém sem que seja visto pelos outros cinco”, afirmou.
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Mãe fez exame de corpo de delito após suposta agressão a criança na creche
De acordo com o delegado, a mãe levou o filho para exame de corpo de delito no dia seguinte à suposta agressão. O médico legista constatou apenas uma lesão superficial de 2,5 cm no ombro direito, diferente do conjunto de marcas apresentadas pela mãe em fotografias.
“A mãe alega que aquelas lesões aconteceram no dia 20. Dia 21 ela submeteu à criança ao exame de corpo de delito, onde o médico legista constata uma única lesão e não todas aquelas apresentadas pela foto. Nós agora vamos indagar o médico legista que fez o laudo para fazer uma comparação entre a foto apresentada pela mãe e a lesão constatada, para saber se há realmente essa evolução em apenas 24 horas”, explicou Rolli.
Mãe será investigada por ameaças
Durante as investigações, funcionários da creche, da van e outros pais registraram representações contra a mãe da criança. Eles afirmam que se sentiram ameaçados por declarações feitas por ela nas redes sociais.
“Todas as pessoas do entorno, sejam os funcionários da creche, da van e até mesmo os pais, se sentiram acuados, intimidados e temerosos, uma vez que ela falou em redes sociais que faria justiça com as próprias mãos. Muitas dessas pessoas já estão vindo aqui, representando criminalmente contra a mãe”, destacou o delegado.